A conexão global entre as pessoas, as massas imigratórias se introduzindo nas cidades, as constantes mobilizações dos indivíduos até o trabalho, a cultura da periferia influenciando os jovens modifica e enriquece a nova cultura de rua em seus anseios e reivindicações.
Hoje o conceito de “lar” se transforma com o acréscimo de culturas e vivências de muitos lugares e muitas eras. Ainda que exista uma forte tensão entre as nações, cresce um sentimento de que a cultura pode existir sem pertencer a um país. Ao mesmo tempo que existe uma cultura de rua com características globais, também estamos vendo nascer uma abertura com diferentes significados culturais ligados às comunidades e à história sob a influência dos movimentos dos jovens das nações emergentes.
Ex.: Taiyse Selasi- “Não me pergunte de onde venho, me pergunte onde sou local”…Palestra TED Global https://www.youtube.com/watch?v=LYCKzpXEW6E
A cultura de rua é local, global e suas influências ultrapassam a cidade e as nações. Um novo conceito aparece devido a estas mudanças que se baseia na sustentabilidade. Para esta geração que nasceu quando os recursos passaram a ser esparsos, reutilizar o passado é uma ideia que faz sentido.
Cresce a ascensão do “multi-local”, um incrível sentimento de “lar” em múltiplas localidades com culturas e vivências de muitas eras. Uma pessoa pode se identificar e assimilar uma mistura de lugares, experiências e culturas diferentes. A apropriação cultural agora vivenciada consegue influenciar muitos cantos do globo, especialmente nações emergentes onde a maioria da população é bastante jovem e com muita abertura.
Também se recupera a noção de que a cultura pode ser forte, sem nacionalidade, mestiça e assim, como cresce no mundo o protecionismo regido pelo medo verificamos a tendência de um novo “internacionalismo” que engloba todos os povos, abraça as diferenças e se esforça para conquistar a inclusão e a amizade.
Ao mesmo tempo em que repensamos a cultura de rua para uma era global também veremos uma nascente abertura nos significados da cultura da comunidade e da história. A cultura de rua mostra que pode ser fortemente unificada, independente de se constituir uma nação. É local, é global e suas influências ultrapassam a cidade e a nação.
Os espaços urbanos se modificam com comunidades abertas, com novos tipos de moradia, bairros multiculturais, espaços verdes e modelos de habitação mais flexíveis.
Surgem os “commuters” (pessoas que viajam todos os dias de casa para o trabalho) introduzindo a “revolução do translado” com carros até sem motoristas e dispositivos móveis.
Você já pensou… “Sou cidadão do mundo”? Com todas estas mudanças, novos aprendizados também nós mudamos e repensamos nossos conceitos e visões sobre o nosso território, nossos relacionamentos e nosso olhar sobre o mundo. Sou um terráqueo, um ser humano terreno, sou um cidadão do Planeta Terra!
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